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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pai: A expressão perfeita de Deus

Ter Deus como Pai é uma das maiores e mais transformadoras experiências que uma pessoa pode ter na vida. Reconhecê-lo como um Pai amoroso que protege e se preocupa conosco tem o potencial de ajudar-nos a crescer e a amadurecer, a fim de nos tornarmos, dia após dia, pessoas mais próximas daquilo que Ele deseja pra nós.

É essa a face de Deus que Jesus trouxe ao mundo. Veio revelar quem Deus é e quer ser, de forma consciente, em nossa vida: Pai. Em uma época em que a relação do homem com Deus era distante, baseada exclusivamente na submissão e, muitas vezes, no medo, Cristo veio relevar um Deus próximo. Deus que é Amor. Deus que é Pai.

Infelizmente, as pessoas, na maioria das vezes, ignoram essa realidade: não experimentam Deus como Pai. Ao longo dos anos, foram ensinadas a enxergá-lo como um Senhor distante, a quem se deve submeter cegamente. Muita mais por medo, quase nunca por amor.

Por outro lado, muitas pessoas têm como pai natural um homem que encarna essa imagem de um senhor: duro, severo, exigente e até mau. Então, em muitos casos, quando se diz que Deus é Pai, a pessoa não tem mais uma imagem positiva acerca do que é ser pai.

Mas basta pensarmos que Deus é a expressão perfeita de tudo aquilo que conhecemos para corrigir essa visão. O Amor de Deus é incondicional. Não acaba como o “amor” daqueles que um dia nos prometem a eternidade e, no outro, desparecem. O Amor do Pai permanece. Sua Justiça não é a justiça humana, que condena e mata quem erra. Muito pelo contrário, na Justiça de Deus o pecador é perdoado, acolhido, amado. Logo, Deus não é um pai comum. Ele é o referencial de Pai, em quem todos os pais deveriam se espelhar, mas não conseguem, por causa das limitações da nossa humanidade.

Jesus veio ao mundo como a Encarnação daquilo que Deus é: Amor. Amor que acolhe, que aceita, que envolve, que se entrega por aquele que é amado. Ter consciência de que Deus é um Pai que nos escolheu tem a capacidade de subjugar todas as nossas dores e complexos. Somos amados pelo Pai. Com nossos erros, com nossos defeitos, com as nossas piores facetas e desvios de caráter. Ele quer nos transformar, mas primeiro nos envolve com seu Amor incondicional.

Não importa se você ainda não enxerga Deus como Pai, nem se sua visão de pai ainda é deturpada. Tenho que te avisar: Ele te tem como filho e quer que você experimente tal relação com Ele. Com consciência. Independentemente de quem você é, independentemente de quem você tem sido. Ele te quer como filho.

Quando não enxergamos Deus como Pai, perdemos muito. Perdemos a oportunidade de desfrutar com consciência de um Amor que nos compreende, que ignora os nossos erros, que compreende que alguns dos nossos desvios são fruto da falta de um amadurecimento que ainda não alcançamos, que compreende que vamos chegar a tal ponto e, principalmente, que nos ajuda a voltar para o Caminho.

Pense na cena da parábola do filho perdido: quando o jovem volta, o Pai vai para fora esperá-lo, o abraça, o acolhe e ordena que seja preparada uma comemoração. É assim. Tudo muito simples. Sem cobranças. Sem explicações.

Se Deus é para você apenas um senhor distante, a quem se deve apenas obedecer cegamente, por medo de castigo e condenação, quando se afasta dele você volta tentando arrumar explicações coerentes para o erro, tentando convencê-lo a te perdoar. Mas a verdade é que quem enxerga Deus assim raramente volta para os braços dele. Ou melhor: quem o vê assim quase nunca experimentou o cuidado e a proteção de estar nos braços do Pai.

O senhor precisa ser convencido, o Pai não. O senhor precisa de explicações coerentes, o Pai compreende sua incoerência. O senhor te cobra maturidade, o Pai espera que o amadurecimento venha com os erros. O senhor te aponta cada erro cometido, o Pai apenas cobre seus erros com amor. O senhor exige explicações para o seu afastamento. O Pai só espera que você saiba o caminho de volta.

Do senhor a gente espera benefícios, lucros, ganhos contabilizáveis aos olhos humanos. Do Pai, basta a honra de ter a identidade de filho.

Nos braços do Pai, a Graça nos basta! Porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. Sempre.

Fonte: Portaldt

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