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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marina Silva pede para sair do PV

Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. 

Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais de financiamento de campanhas no Brasil. Um dos dirigentes do PV conta que Marina chegou a devolver uma mala de dinheiro “não contabilizada” a um empresário paulista.

O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV foi pela entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, não combinava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições.

Ao longo da campanha, Marina não abdicou dos jejuns religiosos que costuma fazer pelo menos uma vez por mês. Alguns partidários do PV consideraram os jejuns uma irresponsabilidade de Marina, em função de sua instável saúde – ainda jovem, ela foi contaminada por metais pesados e acometida por graves doenças, como malária e hepatite. Em entrevista a ÉPOCA, há um mês, ela se irritou diante de uma pergunta sobre esse tipo de crítica.

"A minha vida espiritual é assim desde que me entendo por gente. Se um critério para ser do PV é abandonar minha vida espiritual, então já sei pelo que vou optar. Vivo a minha fé e visitar igrejas faz parte da minha fé. Sou missionária da Assembleia de Deus."

O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal.

Maior terceiro lugar dos últimos tempos
Apesar das divergências a resultado da eleição confirmou que Marina é, ao menos em votos, o maior terceiro lugar que o país já teve desde a redemocratização. “Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”, afirma João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina. Ele a acompanhará na desfiliação, ao lado de outras lideranças do PV. A saída do partido não significa que Marina desistiu do sonho de ser presidente. Ela pretende criar um partido para se candidatar novamente, em 2014.

Fonte: Patiogospel

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