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quinta-feira, 24 de março de 2011

Rio registra dois casos de dengue tipo 4, confirma secretaria de saúde

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou nesta quarta-feira (23) os dois primeiros casos de dengue tipo 4 no estado. Segundo o secretário Sérgio Côrtes, a confirmação foi dada pela Fiocruz. São os primeiros casos de dengue tipo 4 confirmados fora do Norte ou Nordeste do país.

Segundo a secretaria, as infectadas são irmãs e moradoras de Niterói. Uma delas chegou a ser internada, mas já teve alta. As duas passam bem. Segundo Côrtes, tudo indica que a dengue tipo 4 foi contraída no estado, já que as irmãs não viajaram ultimamente.

Na terça-feira (22), foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 4 no Piauí. A paciente, uma jovem de 17 anos, vive em Teresina. No mesmo dia, a Secretaria de Saúde da Bahia confirmou dois casos de pacientes infectados com o vírus da dengue (DEN-4), em Salvador.
Até então, os registros de casos desse tipo de dengue se restringiam ao Norte do país, em estados como Pará, Roraima e Amazonas.

Casos no Rio
A Secretaria estadual de Saúde confirmou na tarde desta quarta a morte de 18 pessoas por dengue no estado do RJ.
De 2 de janeiro a 19 de março, foram notificados 26.258 casos suspeitos de dengue no estado do Rio de Janeiro.

A secretaria informou ainda que os municípios de Seropédica, Guapimirim, ambos na Baixada Fluminense, e Mangaratiba, na Costa Verde, enfrentam uma epidemia de dengue, mas dos tipos 1, 2 e 3.

Dengue tipo 4
A dengue tipo 4 apresenta risco mesmo a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. O sorotipo 4 foi identificado pela primeira vez no Brasil há 28 anos.

É possível desenvolver um quadro grave de dengue com qualquer sorotipo, mas a dengue tipo 4 é preocupante porque grande parte da população está desprotegida em relação a esse sorotipo. E a probabilidade de quadro grave de dengue aumenta se a pessoa for infectada pela segunda ou terceira vez.

Saiba reconhecer os sintomas da dengue
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida e benigna: saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.


 Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”, explica o consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco.
“70% a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma”, observa o consultor. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante. “No caso das fulminantes, a pessoa tem uma reação tão intensa que pode destruir o cérebro, o coração e levar à morte."

Para identificar a gravidade da doença, Ivo destaca os chamados "sinais de alerta" da doença, que são: dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
“As pessoas acham que dengue só é grave quando tem sangramento. A dor na barriga é tão importante quanto o sangramento, e os pacientes não valorizam isso”, explica.

Diagnóstico precoce
De acordo com a infectologista Patrícia Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A infectologista afirma que a contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
“O exame de sangue sozinho não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente e ver se ele precisa ou não de internação. De qualquer maneira, o tratamento deve começar imediatamente”, destaca a infectologista.

Tratamento
Entende-se como parte do tratamento a hidratação do paciente. A dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
Não existe um medicamento específico para a doença. Os sintomas são medicados para alívio das dores. “Se o paciente tiver dor, vai tomar remédio para dor. Se tiver náusea, remédio para náusea”, explica o consultor da OMS. O especialista alerta ainda para o uso de medicamentos antiinflamatórios, a base de ácido acetil-salicílico e fitoterápicos. “Alteram a coagulação e aumentam o risco de sangramento”, conclui.

Fonte: G1.globo 

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Um comentário:

  1. Gostei muito desta postagem falando da dengue.

    As pessoas tem que se conscientizar e tomar cuidados... coisa que se olharmos ao redor não vemos. rsrsrsrs

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